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Por um Congresso Interétnico de Resistência dos Povos Tradicionais

Segundo dados da CPT, das 33 mortes em conflitos no campo em 2013, 15 são de indígenas, principalmente, mas também quilombolas, pescadores, reconhecidamente, uma parte expressiva das mortes, conflitos, detenções, prisões ocorreu em megaempreendimentos modernos do agrobusiness as transnacionais do Alumínio, de Belo Monte, do Tapajós, do Maracanã, do Itaquerão, do PAC, do IIRSA. Mas este modelo de desenvolvimento capitalista vai se concretizando como imperativo contra os direitos das minorias, pela força, trazendo consigo um rastro de retrocesso político-institucional e social: “mais capitalismo, mais violência”! Mais degradação da natureza e das condições de vida na floresta, no campo e na cidade.

A farsa da participação social, dos processos de ‘audiência’ e ‘licenciamento’ ambiental fast food, também corresponde à denúncias contundentes de macdonaldização do processo de direito penal, como direito de exceção. Um contexto em que são comuns os processos de fragmentação das comunidades de resistência pelo uso clientelista das políticas sociais e dos espaços de ‘participação’ de controle social, e de mecanismos oficiais e extra-oficiais de coerção, que criam, para os grupos de resistência, uma situação de redução racista, de inclusão forçada ou exclusão, invisibilidade e/ou de criminalização e violência institucionalizada (perseguição política, violações cotidianas de direitos individuais e coletivos, violação do acesso à Justiça e violação do direito de cumprimento de ordem judicial contra os interesses privados e de governos, etc)…

As sabedorias dos povos tradicionais não são valorizadas, senão como algo do passado, sem potencial político presente nem perspectiva, como saberes embalsamados, como objeto de museu. Existe limite à exploração capitalista da terra-mãe? E à mercantilização da vida? Existe alternativa? O que estas culturas, ‘mais avançadas que as mais avançadas das tecnologias’* (como nos diz o poeta), têm a dizer? Por que nossas vozes são silenciadas, distorcidas, manipuladas…? Estes saberes vão sendo apagados pelo agrobusiness, pela cultura do fast food, a memória das sementes ancestrais vai sendo pavimentada, enterrada viva, e com elas nossas perspectivas de qualidade de vida e de dignidade.

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